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Alunos de universidades estaduais podem fazer disciplinas de pós da UFPR

As matérias abrangem conteúdos relacionados aos seguintes temas: meio ambiente, filosofias da ciência e da tecnologia, ética, escrita acadêmica em inglês e produção de gêneros acadêmicos.

Estudantes dos cursos de mestrado e doutorado das universidades estaduais de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Centro-Oeste (Unicentro) podem se inscrever, até 31 de julho, em seis disciplinas complementares ofertadas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). As matérias abrangem conteúdos relacionados aos seguintes temas: meio ambiente, filosofias da ciência e da tecnologia, ética, escrita acadêmica em inglês e produção de gêneros acadêmicos.

Denominado de Disciplinas Transversais, a participação das universidades ligadas ao governo estadual foi articulada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O projeto contribui para a troca de experiências entre professores e estudantes e a melhoria contínua dos diferentes programas de pós-graduação envolvidos no projeto.

Os estudantes podem se matricular nas matérias por meio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da instituição à qual são vinculados. As aulas serão ministradas por professores da UFPR e por docentes convidados de universidades públicas e privadas na modalidade de ensino a distância (EaD), com encontros ao vivo e registro de presença pela plataforma Moodle, disponível depois que o aluno fizer a matrícula.

As disciplinas de Filosofias da Ciência e da Tecnologia e Escrita Acadêmica em Inglês, por exemplo, contam, respectivamente, com docentes da Unioeste e Universidade Federal de Minas Gerais, e de duas universidades americanas, Universidade de Oklahoma e Universidade do Arizona. A primeira disciplina irá abordar as principais discussões no campo da filosofia sobre a produção científica e os reflexos dessa atividade na sociedade.

Já a segunda tratará sobre técnicas fundamentais para a escrita de artigos científicos na língua inglesa, com o uso de modelos e exemplos práticos.

As demais disciplinas irão abordar os princípios legais a respeito do uso da biodiversidade brasileira em pesquisas, como conservação e uso sustentável; o estudo de conceitos que envolvem a relação da humanidade com o meio ambiente, tendo em vista a evolução de políticas ambientais, a urbanização e as mudanças climáticas; os valores éticos e discussões que envolvem a pesquisa científica e as repercussões sociais da atividade; e as técnicas de produção de textos acadêmicos, contemplando assuntos como linguagem, organização e revisão.

O coordenador de Ensino Superior na Seti, Fabiano Gonçalves, destaca a importância da iniciativa para a formação acadêmica de estudantes de programas de pós-graduação das universidades estaduais. “As disciplinas transversais viabilizam que professores que dominam uma determinada área possam oferecer essa experiência para estudantes de todo o Estado, o que integra docentes e estudantes e contribui para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Paraná”, afirma.

Ao todo, são nove disciplinas ofertadas no projeto de maneira alternada em cada um dos semestres letivos. O aproveitamento dos créditos obtidos com a realização das matérias não é automático e fica a critério do colegiado de cada programa de pós-graduação vinculado.

Serviço:

Projeto Disciplinas Transversais – 2º Semestre de 2024

Inscrições: até 31 de julho

Público: estudantes de mestrado e doutorado

UEM

Responsável: Luciane Menchon Moura (agente universitária)

Telefone: (44) 3011-4364

E-mail: dpgapoiopos@gmail.com

UEPG

Responsável: Simone de Fatima Flach (diretora de pós-graduação)

Telefone: (42) 3220-3261

E-mail: dpg@uepg.br

Unicentro

Responsável: Andressa Galli (diretora de pós-graduação)

Telefone: (42) 3621-1378 / (42) 3629-8313

E-mail: propesp@unicentro.br

Unioeste

Responsável: Larissa Inês Squinzani (agente universitária)

Telefone: (45) 3220-3039

E-mail: prppg.transversal@unioeste.br

Boletim da dengue confirma mais 8.995 casos e 22 óbitos no Paraná

Ao todo, desde o início deste período epidemiológico, em 30 de julho de 2023, são 933.146 notificações, 587.701 casos confirmados e 571 mortes em decorrência da dengue no Estado.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (23) o novo boletim semanal da dengue. O Paraná registrou mais 8.995 casos da doença e 22 óbitos. Ao todo, desde o início deste período epidemiológico, em 30 de julho de 2023, são 933.146 notificações, 587.701 casos confirmados e 571 mortes em decorrência da dengue.

Os 22 novos óbitos ocorreram entre 19 de fevereiro e 26 de junho deste ano. São 14 homens e oito mulheres com idades entre 58 e 94 anos. As mortes foram registradas em Guaratuba, Pato Branco, Francisco Beltrão (4), Foz do Iguaçu, Cafelândia, Cascavel (2), Santa Lúcia, Cianorte, Japurá, Maringá (2), Apucarana (2), Lupionópolis, Porecatu, Abatiá e Cornélio Procópio (2).

A Regional de Saúde de Londrina possui mais casos confirmados em números absolutos, com 77.760 diagnósticos, seguida pelas regionais de Cascavel, com 67.865, e de Francisco Beltrão, com 61.285. Os três municípios que mais contabilizam casos são Londrina (39.883), Cascavel (32.283) e Maringá (23.157).

Em relação aos óbitos, a Regional de Saúde de Londrina soma o maior número, com a morte de 97 pessoas. Na sequência estão as regionais de Cascavel, com 84, e de Francisco Beltrão, com 80.

Chikungunya e zika também são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e as informações sobre essas doenças constam no mesmo documento. Neste período houve o registro de três novos casos de chikungunya, somando 215 confirmações e 1.906 notificações da doença no Estado. Não há casos confirmados de zika vírus – o boletim registra 145 notificações no Paraná.

INFESTAÇÃO PREDIAL – A Sesa divulgou também o novo boletim de infestação predial (AQUI) que apresenta o levantamento entomológico para o Aedes aegypti. O Paraná tem 376 municípios infestados, representando 94,2% do Estado.

No período de 1º de maio a 30 de junho, dos 399 municípios do Paraná, 19 estavam classificados em situação de risco de epidemia, 144 em alerta e 117 em situação satisfatória para o IIP (Índice de Infestação Predial). Outros 112 não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento. A cidade com maior índice de infestação predial é Santa Helena, no Oeste, com IIP de 11,9%.

Confira o Boletim Semanal completo AQUI. Mais informações sobre a dengue estão neste LINK.

www.aen.pr.gov.br

Com baixo estoque para sangues tipo O+ e O-, Paraná solicita doação de sangue

De acordo com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), o estoque atual para esses tipos sanguíneos é suficiente para apenas dois dias, o que caracteriza a situação como crítica.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforçou nesta quarta-feira (24) pedido de urgência de doações de sangue dos tipos O+ e O-. De acordo com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), o estoque atual para esses tipos sanguíneos é suficiente para apenas dois dias, o que caracteriza a situação como crítica.

Apenas neste ano, 113.755 bolsas de sangue foram doadas no Paraná. Destas, 49.345 são de O+ e 10.001 de O-. Em Curitiba, o total de bolsas doadas foi de 25.649, com 10.764 O positivo e 1.916 O negativo. Embora sejam números consideráveis, a aproximação de períodos mais frios pode fazer com que a frequência de doações diminua.

“O frio é um grande dificultador da doação. Nestes períodos, as pessoas tendem a possuir hábitos mais caseiros e frequentemente notamos uma queda na coleta de sangue. Por isso, é importante reforçar, sempre que possível, a importância deste ato, absolutamente indispensável no salvamento de vidas”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Para ser voluntário é preciso ter entre 16 a 69 completos, pesar no mínimo 51 quilos, ter boa saúde, estar bem alimentado, hidratado e apresentar um documento de identidade com foto. Os homens podem fazer a doação de dois em dois meses, enquanto as mulheres devem respeitar um intervalo de três meses para cada doação.

Durante o processo, são coletados cerca de 470 ml de sangue, de acordo com a altura e o peso do doador, além de quatro tubos de sangue para a realização dos exames. Todos os dias, cerca de 700 bolsas de sangue são encaminhadas aos hospitais paranaenses para os mais diversos tipos de tratamento, somando mais de 21 mil bolsas por mês e 252 mil ao ano.

Agendar a doação é fundamental para facilitar o fluxo de atendimento e organização da rede de hemoterapia. É possível realizar o agendamento acessando este site.

HEMEPAR – O Hemepar é uma das unidades da Sesa responsável pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos que atuam em todas as regiões do Paraná.

É uma entidade sem fins lucrativos e atende a demanda de fornecimento de sangue e hemoderivados do Estado graças às doações dos voluntários. No Paraná, existem mais de 20 pontos disponíveis para a doação de sangue.

.aen.pr.gov.br

Inteligência Artificial e vacinação estão entre novidades do 2º semestre letivo no Paraná

Quase um milhão de estudantes retornaram às aulas nos 2.104 colégios que compõem a rede estadual de ensino nesta quarta-feira (23) e terão a primeira experiência com o uso de inteligência artificial no ambiente escolar. A partir de 5 de agosto, eles também receberão imunizantes do calendário nacional de vacinação em parceria entre as secretarias estaduais da Educação e Saúde.

O uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA), o incentivo à ampliação das taxas de vacinação e as consultas públicas para o projeto Parceiro da Escola estão entre as novidades do segundo semestre letivo no Paraná. As informações foram dadas pelo secretário estadual da Educação, Roni Miranda, que recepcionou parte dos quase um milhão de estudantes que retornaram às aulas nesta quarta-feira (24).

“São estudantes retornando para as salas de aula, juntamente com os professores, que iniciaram este trabalho de planejamento na segunda-feira com um objetivo principal bem claro, que é a continuidade do trabalho de recomposição da aprendizagem neste período pós-pandemia que ainda deixa sequelas”, afirmou Miranda, que recebeu alunos do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, na manhã desta quarta.

Segundo o secretário, o Paraná será o primeiro e até então único estado brasileiro a utilizar ferramentas de IA para auxiliar no processo de aprendizagem do corpo estudantil. “Os professores utilizam a inteligência artificial no planejamento de aulas e outras atividades por meio das plataformas disponibilizadas pela Secretaria da Educação e agora o Paraná está na vanguarda novamente com o uso das ferramentas pelos estudantes”, disse.

No caso dos docentes, as ferramentas de IA já eram usadas para a elaboração de materiais didáticos, questões e atividades a partir de vídeos educacionais e documentos de apoio, por exemplo. Agora, o objetivo é avançar com o uso da tecnologia dentro de sala de aula, garantindo aos adolescentes a oportunidade de ter experiências com o uso de sistemas que estão cada vez mais presentes no mundo.

A Prova Paraná, aplicada a cada três meses aos estudantes do 5º ao 9º do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, também será um instrumento importante para a identificação de deficiências de aprendizagem, de acordo com Miranda.

“O Paraná tem a melhor educação do Brasil segundo o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], mas precisamos continuar avançando. Por meio da Prova Paraná identificamos trimestralmente quais os conteúdos os estudantes têm mais dificuldade para que os professores atuem de forma mais assertiva e direta sobre estes tópicos”, explicou o secretário.

VACINAÇÃO – Além dos aspectos educacionais, a Seed também firmou uma parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para ampliar as taxas de vacinação no Paraná. O trabalho se dará por meio da aplicação dos imunizantes previstos no calendário nacional de vacinação diretamente nos colégios estaduais a partir de 5 de agosto. Para isso, os pais ou responsáveis deverão autorizar a aplicação por escrito ou acompanhar os alunos à escola no dia marcado munidos da carteira de vacinação.

“As taxas de vacinação estão abaixo do recomendado, por isso é importante que os pais fiquem atentos e autorizem a vacinação dos seus filhos para que os adolescentes estejam protegidos de doenças que podem ser prevenidas”, afirmou o secretário da Educação.

Na metade de julho, a Sesa também criou, com o apoio dos municípios, uma força-tarefa para aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes. A ação é direcionada para as vacinas Influenza, Pentavalente, DTP, Pneumocócica 10 e Poliomielite, que estão com baixa adesão no Estado.

PARCEIROS DA ESCOLA – Outra iniciativa que avança neste segundo semestre letivo é o programa Parceiro da Escola, que consiste na otimização da gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante parcerias com empresas que possuem expertise em gestão educacional.

De acordo com Miranda, as consultas públicas serão feitas a partir de 20 de outubro. “Entendemos que esse é um modelo que vai reforçar a administração da escola, trazer ganhos pedagógicos e administrativos para o corpo docente e estudantil, mas a decisão final sobre a implantação do Parceiro da Escola é da comunidade escolar, que votará nas consultas públicas que serão realizadas no fim de outubro, logo após o período eleitoral”, disse o secretário da Educação.

A proposta é de que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, o que equivale a quase 10% da rede estadual. As unidades foram escolhidas a partir da observação de pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar.

O programa tem como finalidade principal possibilitar que os diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional, dedicando-se ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos.

Nas escolas onde a proposta for aprovada, os diretores, os professores e funcionários efetivos já lotados serão mantidos e as demais vagas serão supridas pela empresa parceira, sendo obrigatória a equivalência dos salários com aqueles praticados pelo Estado. A gestão pedagógica continuará sob a responsabilidade do diretor concursado.

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Paris marca o início e o final de trajetórias olímpicas de brasileiros

Aos 38 anos, Rainha Marta disputa na França sua última Olímpiada

Os Jogos Olímpicos são um dos principais palcos do esporte mundial. No megaevento esportivo o público tem a oportunidade de acompanhar histórias de glórias e conquistas, e na capital francesa não será diferente. E para alguns atletas brasileiros Paris terá um significado ainda mais especial, pois marcará o fim ou o início de suas trajetórias olímpicas.

Adeus de Marta

No quesito despedidas, uma das que mais chama a atenção da torcida brasileira é a da Rainha Marta. Aos 38 anos de idade, a alagoana, que já foi escolhida em seis oportunidades como a melhor jogadora do mundo, tenta ajudar o Brasil a conquistar o inédito ouro olímpico no futebol feminino.

Em Paris Marta terá não apenas a oportunidade de escrever o capítulo mais bonito de sua vitoriosa carreira (após ficar com a prata olímpica em 2004 e em 2008), mas pode assumir a liderança da artilharia histórica da modalidade em Jogos Olímpicos (a alagoana ocupa a segunda posição com 13 gols, atrás apenas da também brasileira Cristiane, que já marcou 14 tentos e não foi convocada).

Em busca do Tri

Quem já teve o privilégio de conquistar o ouro olímpico, não apenas uma, mas duas vezes (em 2008 e em 2012), é a meio-de-rede Thaísa Daher. Nos Jogos de Paris, a atleta do Minas terá a oportunidade de se tornar a primeira mulher brasileira tricampeã olímpica (as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze também buscam essa glória em Paris).

Porém, para alcançar este objetivo ele terá de lidar com um desafio extra, o receio declarado de surfar no mar de Teahupoo (Taiti), que tem um perigoso banco de corais no fundo. Assim, caso consiga performar bem em um contexto tão desafiador, Filipinho tem grandes possibilidades de garantir uma medalha em sua estreia olímpica.

Estrela ascendente

Se na ginástica artística o grande nome do Brasil é Rebeca Andrade, na ginástica rítmica o grande destaque é Bárbara Domingos. Aos 24 anos de idade, a atleta, natural de Curitiba, se tornou a primeira brasileira a se classificar para a disputa no individual em uma edição dos Jogos Olímpicos.

agenciabrasil.ebc.com.br

Brasil quer taxar super-ricos para financiar Aliança contra a Fome

O Brasil conta com recursos vindos da taxação de grandes fortunas, os chamados super-ricos, para financiar iniciativas da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (24), durante o pré-lançamento da iniciativa, no Rio de Janeiro. A Aliança é uma das prioridades da presidência brasileira do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana).

“Ao redor do mundo, os super-ricos usam uma série de artifícios para evadir os sistemas tributários. Isso faz com que no topo da pirâmide, os sistemas sejam regressivos e não progressivos [quando mais ricos pagam menos impostos]”, afirmou.

O ministro da Fazenda citou um estudo do economista francês Gabriel Zucman, feito a pedido do Brasil, que estima uma arrecadação de até US$ 250 bilhões por ano, caso bilionários fossem taxados em 2% das riquezas.

“É aproximadamente cinco vezes o montante que os dez maiores bancos multilaterais dedicaram ao enfrentamento à fome e à pobreza em 2022”, comparou Haddad.

Segundo o ministro, a Aliança Global parte da premissa de que a comunidade internacional tem todas as condições para garantir a todos condições dignas de vida. “O que tem faltado é vontade política”. O ministro explicou que a Aliança será “agente catalizador dessa vontade”.

“É imperativo nos mobilizarmos para aumentar os recursos disponíveis internacionalmente, direcionados a enfrentar a fome e a pobreza. Precisamos buscar inovações em instrumentos de financiamento para o desenvolvimento”, pediu o ministro. Ele citou parcerias público privadas e reformas de bancos multilaterais.

Articulação de recursos
Haddad defendeu também que haja a articulação de recursos provenientes de bancos multilaterais de financiamento ao desenvolvimento, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), além da facilitação de acesso a recursos, promovida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Haddad citou o mecanismo de canalização do Direito Especial de Saque (DES), que possibilita que países obtenham recursos com o FMI.

O presidente do BID, o brasileiro Ilan Goldfajn, e o presidente do Banco Mundial, o indiano Ajay Banga, participaram do evento de pré-lançamento e manifestaram apoio institucional à iniciativa.

Goldfajn afirmou que o BID está comprometido a erradicar a pobreza extrema na América Latina até 2030.

Ajay Banga, do Banco Mundial, não informou quanto o banco aplicará no combate à fome, mas afirmou que será “parceiro líder” na Aliança Global. O indiano informou ainda que o banco se esforçará para que ações de financiamento cheguem a meio bilhão de pessoas até 2030.

Outra frente de ação do Banco Mundial é por meio de investimento na agricultura de países africanos. “Com investimentos em fertilizantes e irrigação, podemos ajudar pessoas a produzir mais”.

Proposta endossada
A Aliança Global consiste em um conjunto de medidas que visam canalizar recursos e trocas de experiência para erradicar a insegurança alimentar no mundo.

Apesar de ter sido lançada no ambiente do G20, a iniciativa é aberta a países de fora do grupo, além de organismos internacionais. Nesta etapa, acontece a formalização dos termos e abre-se caminho para a adesão de países interessados.

Durante o evento desta quarta-feira, países-membros do G20 endossaram os termos da proposta brasileira.

“Essa é uma aprovação histórica. Se concluída, altera a vida de milhões de pessoas no mundo”, celebrou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

O endosso na reunião desta quarta-feira não significa que os países aderiram ao compromisso. De acordo com o ministro Dias, países que aderirem precisam tratar o combate à fome como política de Estado, estabelecer metas e levar em consideração experiências bem-sucedidas em outros países, como programas de transferência de renda e alimentação escolar.

O lançamento final da Aliança Global deve ser concluído na reunião de cúpula do G20, nos dias 18 e 19 de novembro, também no Rio de Janeiro.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a Aliança Global “responde a anseios das populações dos países e expectativas das sociedades”.

“Os olhos do mundo estão sobre nós. Não podemos fracassar nesse processo”, declarou.

Mapa da Fome
O lançamento foi no Galpão da Cidadania, aos pés do Morro da Providência, no Centro do Rio de Janeiro. O endereço é sede da organização não governamental (ONG) Ação da Cidadania, fundada em 1993 pelo sociólogo Herbert de Souza. A ONG é referência no combate à fome, tendo criado a campanha Quem Tem Fome Tem Pressa.

Horas antes do pré-lançamento da Aliança Global, também no Galpão da Cidadania, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgou a atualização do relatório sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial. De acordo com o documento, entre 713 milhões e 757 milhões de pessoas podem ter enfrentado a fome em 2023 – uma em cada 11 pessoas no mundo.

No Brasil, entre 2022 e 2023, a insegurança alimentar severa cai de 8% para 1,2% da população. Em números absolutos, passou de 17,2 milhões para 2,5 milhões de brasileiros.

Pela metodologia da FAO, a insegurança alimentar severa é quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos e passou um dia inteiro ou mais sem comer.

Segundo a diretora executiva do Fundo da ONU para a Infância (Unicef), Catherine Russell, a Aliança Global proposta pelo Brasil é um dos meios para direcionar recursos a fim de combater a fome no mundo.

Edição: Aline Leal

Mutirão de limpeza nos manguezais de Paranaguá recolhe 615 quilos de resíduos

A ação da Portos do Paraná que mobilizou universitários, moradores da região e empresas parceiras ocorreu na semana do Dia Mundial de Conservação dos Manguezais, celebrado em 26 de julho. Na sexta-feira (26), haverá um outro mutirão, desta vez na Ponta da Pita, em Antonina.

A Portos do Paraná recolheu 615 quilos de resíduos durante o mutirão de limpeza no Trapiche do Rocio, em Paranaguá, nesta terça-feira (23). Participaram da ação alunos da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), representantes da Associação de Moradores do Rocio e do Governo do Paraná, além das empresas Pavi Serviços Ambientais e da Cia Ambiental.

O mutirão aconteceu na semana em que se comemora o Dia Mundial da Conservação dos Manguezais, celebrado em 26 de julho. “Os mangues são ecossistemas extremamente importantes para o estuário aqui de Paranaguá, afinal, eles são os berçários de diversas espécies. No entanto, os manguezais também são muito frágeis e, por isso, é importante fazer estes mutirões de retirada de resíduos, que impactam na fauna e flora locais”, explicou a bióloga da Portos do Paraná, Jaqueline Dittrich.

Do total de 615 quilos de resíduos, 543,04 quilos foram de produtos como plásticos e garrafas de bebidas alcoólicas. Também foram removidas peças de roupas e calçados. “A maioria dos materiais que a gente encontrou não foi descartada aqui. Eles vêm de diversas partes do país e acabam parando aqui”, explicou a gestora ambiental da PAVI, Raphaela Caetano.

Equipamentos de segurança e sacos de lixo foram distribuídos entre os participantes durante a ação, que é realizada semestralmente pela empresa pública e faz parte das medidas compensatórias dos portos paranaenses. “A gente está sempre junto, porque é muito importante para quem mora em uma região de risco, como é a nossa. A sujeira do mangue é muito ruim para a gente”, explicou a presidente da Associação de Moradores do Rocio, Maria Guilhermina.

Entre os voluntários da Unespar, esteve o universitário de ciências biológicas Victor Hugo Santopietro, que participou pela segunda vez do mutirão. “Desde pequeno a gente aprende a dar valor à sustentabilidade, ao que a natureza é e o papel dela em todas as formas de vida, não só as nossas. Então, estar aqui ajudando o meio ambiente é um privilégio”, comentou Santopietro.

ANTONINA – Nesta sexta-feira, 26 de julho, a Portos do Paraná realiza outro mutirão de limpeza, desta vez na Ponta da Pita, em Antonina, a partir das 13 horas.

Em novembro de 2023 houve o mutirão de limpeza na Ilha do Mel. Com apoio da população local, foram recolhidos 910,9 quilos de resíduos, sendo 885,7 apenas de garrafas de vidro e o restante de isopor, rejeitos e outros materiais.

Já em março deste ano, a Portos do Paraná, em conjunto com a Prefeitura de Antonina, reuniu dezenas de pessoas no mutirão de limpeza dos manguezais e no combate à dengue, na cidade. Ao todo, 560 quilos foram recolhidos da região, incluindo plástico, sucata, vidro e até um pneu que foi removido com auxílio de um gancho.

aen.pr.gov.br/

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